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Você já deve ter ouvido falar sobre a tal da cesta com os ovos: "não coloque todos os ovos na mesma cesta" - os especialistas dizem.

Mas, afinal, o que isso significa? Vem com a gente que no post de hoje vamos falar sobre um dos temas mais importantes quando o assunto são investimentos: diversificação.

Por que diversificar?

Já vimos que investir significa aplicar o capital com o objetivo de obter lucros e que, por menor que seja, todo investimento possui algum tipo de risco.

E é aí que entra o tema de hoje: o ato de diversificar nada mais é do que uma forma de gerir o risco ao investir.

 
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Quando investimos estamos sujeitos às oscilações no valor dos produtos financeiros. Essas oscilações podem ser positivas (gerando lucros) ou negativas (gerando prejuízos).

E, ainda, as oscilações podem ser causadas por diversos fatores: resultados financeiros, alteração no preço dos produtos oferecidos pelas empresas, desconfianças quanto ao desempenho do setor no futuro, otimismo com a economia, entre vários outros.

Esses fatores podem ser agrupados em duas categorias: sistemáticos e não-sistemáticos.

Os fatores sistemáticos são aqueles que atingem todo o sistema, gerando consequências para o mercado como um todo. Como exemplo podemos citar a pandemia provocada pelo Covid-19 ou mesmo uma desconfiança generalizado quanto à capacidade de recuperação da economia mundial. Esses fenômenos são conhecidos como riscos sistemáticos.

Por outro lado, os fatores não-sistemáticos atingem apenas um grupo de empresas ou um setor. Exemplo disso são as quedas nos preços do minério de ferro, que podem atingir as empresas do setor de mineração, ou a alta nas taxas de juros, que pode exercer influência positiva nas seguradoras. Esses fatores estão relacionados ao risco não-sistemático.

O papel da diversificação é ajudar o investidor a alocar seu capital visualizando a possibilidade de que determinado grupo de empresas sofra com os mesmos riscos não-sistemáticos. Caso isso aconteça, os demais ativos da carteira estarão protegidos e a performance da carteira como um todo não será tão prejudicada.

Um exemplo

Na prática isso funciona da seguinte maneira: vamos supor que você tenha um capital de R$ 10.000 e aplique 50% em ações da Vale (VALE3) e 50% em ações da Bradespar (BRAP4). O que acontece, porém, é que a Bradespar possui uma grande participação em Vale.

Assim, se as ações da Vale recuarem 5% por quedas no preço do minério de ferro, é provável que as ações da Bradespar também recuarão. Nesse cenário, vamos supor que as ações da Bradespar recuem 3%. Caso isso aconteça, a sua perda será de R$ 400 (5% de perda em um capital de R$ 5.000 aplicado em VALE3 e 3% de perda em um capital de R$ 5.000 aplicado em BRAP4).

Por outro lado, vamos supor que você possui 50% do seu capital em ações da Vale (VALE3) e 50% em ações do Itaú (ITUB4). Mesmo em uma situação de queda no preço do minério de ferro que leve as ações da Vale a caírem 5%, pode ser que as ações do Itaú estejam valorizando, por exemplo, 6% seguindo o bom humor do mercado no setor financeiro. Caso isso aconteça, você teria um ganho de R$ 50, mesmo com as ações da Vale em queda.

E é aí que está a importância da diversificação: gerir os riscos das suas aplicações!

Onde diversificar?

A diversificação pode ocorrer por produtos, por setor ou mesmo por região em que o capital estará aplicado.

Diversificação de produtos

Como vimos no Guia de Bolso sobre Modalidades de Investimentos, existem diferentes produtos financeiros em que o investidor pode aplicar o seu capital buscando lucros futuros.

Em uma situação de forte queda no mercado de ações, como aquela que aconteceu na crise do Covid-19, a maior parte dos papeis da bolsa sofreu perdas consideráveis. Dessa forma, os investidores que possuíam apenas renda variável perderam, em um primeiro momento, parte do seu valor do seu patrimônio.

O ato de ter em carteira produtos de renda variável e de renda fixa, em conjunto, é uma possibilidade de diversificação que pode ser facilmente operacionalizada pela pessoa física. Isso porque a maior parte das corretoras e bancos oferece várias possibilidades em sua prateleira de produtos financeiros.

Diversificação setorial

A diversificação setorial está relacionada ao ato de buscar ações, ou mesmo títulos de dívida, de empresas que oferecem diferentes tipos de produtos e serviços e, que portanto, operam em diferentes mercados.

Atualmente a bolsa brasileira (B3) classifica as ações que nela são negociadas em 11 diferentes setores: (1) bens industriais; (2) comunicações; (3) consumo cíclico; (4) consumo não-cíclico; (5) financeiro; (6) petróleo, gás e biocombustíveis; (7) saúde; (8) tecnologia da informação; (9) utilidade pública; (10) materiais básicos; e (11) outros. Cada setor possui um grupo de subsetores e cada subsetor possui um grupo de segmentos.

Apesar de inserir ativos de diferentes setores na carteira ser um passo importante rumo a um portfólio eficiente, é sempre importante lembrar que empresas do mesmo setor podem ter performances diferentes. Isso acontece porque o desempenho de uma ação não se resume à direção do setor, mas também deve-se levar em consideração como a empresa está sendo gerida e quais são os drivers que influenciam o seu preço no mercado.

Diversificação geográfica

Apesar da grande quantidade de empresas que são negociadas na B3, todas elas estão sujeitas às instabilidades econômicas e políticas que vira e mexe atingem o nosso país.

Por esse motivo, não é raro encontrar aqueles que também diversificam os seus investimentos em produtos estrangeiros. Atualmente é possível encontrar corretoras preparadas para atender brasileiros e que oferecem desde ações negociadas em bolsas estrangeiras a produtos de renda fixa atrelados à dívida norte-americana, por exemplo.

Além de se proteger das oscilações que atingem todo o mercado brasileiro, o investidor que investe fora do país também encontra uma maior disponibilidade de produtos e opções para diversificar a sua carteira.

Como diversificar?

Diversificar não está relacionado apenas à quantidade de ativos, mas sim sobre a qualidade dos produtos que se tem em carteira.

Por esse motivo a diversificação deve ser feita de forma inteligente, buscando indicadores que sinalizam quais as melhores combinações de ativos que devem compor um portfólio.

Antes de falarmos um pouco sobre uma as métricas da diversificação, vamos dar uma passeada por um conceito conhecido como princípio do seguro.

No início do post, vimos que existem dois tipos de risco: o sistemático e o não-sistemático. O risco não-sistemático pode ser reduzido pela diversificação, já que o efeito das oscilações positivas de uma ação acaba anulando o efeito das oscilações negativas em outra ação.

Em finanças isso pode ser resumido da seguinte maneira:

Quando todas as fontes de risco são independentes, a exposição a qualquer fonte específica de risco diminui para um nível insignificante.

Esse pensamento segue a mesma linha do funcionamento de uma seguradora, cuja redução do risco depende da diversificação entre diferentes apólices que se relacionam a fontes de risco independentes.

No entanto, existem fontes de risco afetam todo o mercado (não são independentes). Esse é o risco sistemático e a diversificação não é capaz de reduzi-lo.

 
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Fonte: Meier, S. How Many Stocks Make Diversified Portfolio? (1987). Journal of Financial and Quantitative Analysis. Elaborado por Vasu, R. Investment Management Efficient Diversification (2018).

 

Graficamente, podemos ver que a partir de um determinado número de ações a diversificação acaba não sendo capaz de reduzir o risco do portfólio do investidor (representada média do pelo desvio-padrão da carteira, em inglês "average portfolio standard deviation"). Isso acontece porque chega um momento em que resta apenas o risco sistemático.

Uma das métricas mais importantes quando pensamos em diversificação é a correlação entre ativos. Um produto financeiro utilizado para proteção deve possuir correlação negativa com os demais ativos da carteira.

 
Quanto menor a correlação entre os ativos que compõem uma carteira, maior será o ganho com a diversificação.
 

Apesar de ser um bom indicador para a diversificação, a correlação não indica a performance de uma ação em relação ao mercado. Para isso, é utilizado o índice Beta. Caso o seu valor seja menor do que 1, significa que aquele produto consegue se proteger de oscilações do mercado.

Ou seja, a correlação indica a direção do ativo em relação aos demais produtos que compõe o portfólio e o Beta indica a intensidade do movimento do ativo em relação ao mercado (geralmente utiliza-se o IBOV como benchmark).

Conclusão

Como vimos, a diversificação é, sem dúvidas, um assunto importante no campo das finanças e pode ser operacionalizada de diferentes maneiras.

No entanto, construir uma carteira de ações totalmente diversificada pode ser uma tarefa de difícil execução, já que o assunto é dotado de muitos conceitos teóricos e métricas estatísticas.

Na prática, é preciso que o investidor esteja atento para buscar ativos de qualidade e pouco correlacionados. Além disso, é importante sempre estar atento ao rebalanceamento entre os seus investimentos, já que, com o tempo, os ganhos de capital podem fazer com que a carteira fique muito concentrada.

Como a Madai pode te ajudar?

No caso de renda variável, a tarefa de diversificar se torna mais simples ao contar com a ajuda da Madai!

As carteiras geradas em todas as estratégias de investimentos sugeridas pelos nossos algoritmos levam a diversificação a sério.

Isso significa que, ao acompanhar as nossas carteiras, você está delegando a tarefa de pensar no portfólio eficiente para algoritmos que são treinados para fazer esse trabalho.

Esse é um dos motivos que te convidamos para conhecer as nossas sugestões de investimentos em ações e fazer parte da revolução quando o assunto são finanças quantitativas!

Vem com a gente!

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