Investindo ou apostando? Conheça um dos principais erros do investidor iniciante

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Depois de uma sequência de posts de caráter técnico, hoje vamos batermos um papo mais operacional.

Quer saber qual é um dos principais erros do investidor iniciante? Continue com a gente!

Já aprendemos que investir significa aplicar capital com o objetivo de auferir lucros no futuro e que existem diferentes formas de fazer isso. Porém, o que eu ainda não mencionei é que existe uma ponte entre a ação ("aplicar capital") e o resultado esperado ("auferir lucros no futuro"). E essa ponte é formada por um conjunto de tijolinhos que vamos chamar de "estratégia".

 
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Pois é! Quando investe sem estratégia, o investidor comete um dos erros mais terríveis com o seu patrimônio.

 
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Estratégia segundo o dicionário significa "meios desenvolvidos para conseguir alguma coisa". E o que estamos buscando aqui? Desenvolver um meio (técnicas e habilidades) para conseguir alguma coisa (obter lucros futuros).
 

O que significa investir com estratégia?

Investir com estratégia envolve uma série de técnicas e habilidades que o investidor deve buscar para conquistar melhores resultados. Diversificar, usar stop e objetivo nas operações, planejar o tempo de cada alocação, buscar por bons ativos, entender o seu perfil de risco (e não operar fora dele) - tudo isso é investir com estratégia.

Diversificar

No último post aprendemos que diversificar é uma forma de gerir os riscos ao investir.

Quando diversifica, o investidor leva em consideração a possibilidade de que um determinado grupo de ativos sofra com os mesmos riscos e perca valor ao mesmo tempo.

Uma carteira bem diversificada faz com que perdas individuais que atingem um ativo ou ativos de mesma classe não sejam suficientes para prejudicar todo o patrimônio investido.

Ou seja, diversificar é um ato estratégico!

Usar stop e objetivo

Talvez seja a primeira vez que você se depara com esses termos (e eu prometo que vamos mergulhar mais nesse ponto futuramente), mas para agora eu preciso que você saiba o seguinte: um stop e um objetivo bem posicionados são capazes de proteger o patrimônio e fazer com que o capital investido não fique preso a uma má escolha.

O stop loss (stop para os íntimos 😆 ) é uma ordem automática que o investidor pode programar no home broker da corretora para encerrar uma posição quando determinado preço for atingido.

Por exemplo, vamos supor que você comprou ações de uma empresa a R$ 10,00 e o máximo que aceita perder nessa operação é 5%. Isso significa que se o preço bater R$ 9,50 está na hora de vender as suas ações e encerrar essa operação.

Aí você se pergunta: mas por qual motivo eu encerraria uma operação perdendo dinheiro? E eu te respondo: para não perder mais dinheiro!

Pode ser que a ação, após cair para R$ 9,50, volte a subir e passe a custar R$ 11,00 na semana seguinte? Pode! Mas também pode ser que a ação caia para R$ 9,00, e aí, meus amigos, a perda não seria mais de 5%, mas sim de 10%.

Se você é um investidor que aceita uma perda de 10%, tudo bem, você estaria dentro da sua estratégia. Porém, se você é um investidor que aceita perder no máximo 5% em uma operação e tem um resultado negativo de 10%, toda a sua experiência no mercado financeiro pode ser comprometida porque você estará fugindo da sua estratégia.

Além disso, no pior cenário, caso você deixe o seu capital em uma operação que "deu errado", pode ser que todo o seu patrimônio (ou grande parte dele) fique comprometido com uma operação que não tem futuro.

Na série Guia de Bolso, vimos que o mercado financeiro tem seus riscos e que cabe ao investidor decidir o quanto de risco está disposto a assumir. O limite máximo de perda que se aceita correr está diretamente relacionado ao perfil de riscos.

Mas não é apenas a perda máxima que se aceita incorrer que deve ser pensada antes da operação. Também é preciso observar o objetivo (stop gain) da aplicação.

Em um primeiro momento pode ser estranho definir o máximo que você deseja obter, afinal, quanto mais melhor, não é mesmo? Porém, como o mercado pode mudar de direção, definir o objetivo da operação faz com que você busque o momento certo de encerrar uma posição, obtendo o máximo de lucro possível e evitando devolver o seu lucro para o mercado.

 
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O stop loss e o objetivo podem ser definidos a partir de uma série de critérios (que abordaremos futuramente). Entre eles, temos a análise fundamentalista por meio do valuation, a análise técnica por meio da localização das zonas de suporte e resistência, ou mesmo um percentual fixo que você aceita arriscar em cada operação.

Planejar o tempo de cada alocação

Planejamento e estratégia andam lado a lado.

No mercado financeiro é possível fazer operações visualizando o longo prazo (meses/anos) ou o curto prazo (semanas). No caso de renda variável, também existem as operações que são abertas e encerradas no mesmo dia, conhecidas como day trade.

Independentemente do produto financeiro que se investe (ações, títulos, fundos, etc.), é importante planejar por quanto tempo o capital pode ficar alocado.

Especialmente no caso de investimentos que podem ser encerrados a qualquer momento (como é o caso de ações), é preciso ter disciplina ao montar uma carteira. Isso porque, se você está visualizando o longo prazo, por exemplo, não faz sentido sofrer porque em um determinado dia a sua carteira caiu 2%.

O longo prazo possui espaço para oscilações. Se os motivos da compra permanecem e se a operação não atingiu nem seu objetivo nem seu stop, então por que você consideraria encerrá-la?

É preciso tranquilidade para investir!

Também existem investimentos que possuem prazo de carência. Vários produtos de renda fixa possuem essa característica. Nesses casos o planejamento é ainda mais importante porque podem haver descontos se você encerrar a operação antes do prazo combinado.

Buscar por bons ativos

Se você é investidor de uma empresa que possui valor igual a R$0, você é dono de R$0.

Essa afirmação, por mais impactante que seja (😅 ), deve ser sempre levado em consideração quando se está montando uma estratégia de investimentos. Não é porque uma ação está "barata" que ela é capaz de gerar valor para o acionista.

Pode ser que um papel que custe R$ 0,60, por exemplo, pertença a uma empresa falida que não tem nenhuma expectativa de gerar resultados aos seus acionistas. Caso você adquira essas ações, você estará comprando participação em uma empresa que não possui valor.

Para fugir disso, é importante estabelecer critérios para decidir quais investimentos se deseja adquirir.

Se você está investindo ações, por exemplo, então é importante buscar por empresas que tenham cenário de compra. No caso do longo prazo é importante considerar os fundamentos dessa companhia. Como está o mercado para os seus produtos? Como ela tem se saído frente as suas concorrentes? Como está a sua performance operacional? Tudo isso deve ser levado em consideração.

Por outro lado, se você está utilizando a análise técnica, então é importante entender quais são os indicadores de retorno e volatilidade que te levaram a entrar naquela operação. Se os indicadores deixarem de indicar compra, então talvez esteja na hora de encerrar, não é mesmo?

Entender o seu perfil de risco

Talvez de tudo que falamos esse seja o aspecto mais importante para montar uma carteira de investimentos.

O perfil de riscos se relaciona ao quanto o investidor está disposto a arriscar para buscar por lucros.

Um investidor de perfil agressivo está disposto a abrir mão de grande parte do seu retorno esperado em busca de um maior risco. Enquanto isso, um investidor de perfil conservador só aceitará um maior risco caso o seu retorno esperado aumente muito mais.

 
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É muito provável que, se os seus investimentos estiverem tirando o seu sono, então a sua carteira está desenquadrada quanto ao seu perfil de riscos.

Isso significa que você aceita correr menos riscos do que o que está sujeito com o seu portfólio atual. Ou seja, que o risco da sua carteira não corresponde ao seu momento atual como investidor.

Aqui é importante uma consideração em relação ao perfil de riscos: o fato é que a gente só sente confortável com algo que entendemos.

Por exemplo, vamos supor que estamos em um avião. A diferença entre o passageiro que está assustado com o decolar do avião e o piloto que está fazendo com que o avião levante voo é uma só: conhecimento. O piloto, por saber o que está fazendo, confia que vai dar tudo certo. O passageiro assustado, por não saber como funciona o avião, não tem certeza se vai dar tudo certo.

E é por isso que entender o mercado é tão importante: sentir confiança e, cada vez mais, investir com estratégia é a chave para o sucesso no mercado financeiro.

Conclusão

No post de hoje vimos algumas das mais importantes estratégias para investir com segurança.

Se tudo pareceu novo demais, não se assuste! A Madai está aqui para te ajudar! Em nosso aplicativo você encontrará sugestões de investimentos em ações que levam em consideração todas as estratégias citadas.

Todas as nossas carteiras são construídas a partir de bons ativos com fundamentos de compra. Além disso, levamos a diversificação setorial em consideração, estabelecemos prazos de encerramento para as operações e indicamos para qual perfil de investidor as carteiras melhor se aplicam.

Além disso, aqui no nosso blog você pode acompanhar uma série de artigos educacionais pensados para te dar maior segurança para iniciar no mundo dos investimentos.

Não é maravilhoso? 🤩

Vem com a gente!

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